quinta-feira, 24 de março de 2011

Lean Manufacturing - Conceitos Utilizados no "Pensamento Enxuto"

Após ter sido feita uma introdução inicial história nos artigos anteriores, vamos agora entrar um pouco mais nos conceitos pertinentes ao pensamento "Lean"...

Concepções Iniciais sobre o Pensamento Enxuto (Lean Manufacuring)
O conceito básico para o Lean poderia ser “produzir mais e mais com cada vez menos (menos esforços humanos, menores tempos, utilização de menos recursos etc). Para que isto seja possível, o Lean Manufacturing deve ser um processo composto por cindo etapas:

 Definição de valor a partir da ótica do cliente;
 Mapeamento do fluxo de valor;
 Fazer com que este fluxo verdadeiramente flua;
 Um sistema de produção puxado;
 Busca pela excelência.

A manufatura enxuta requer um linha de pensamento focado em fazer o produto fluir através do processo, sem interrupções, em um sistema puxado pela demanda do consumidor ou da próxima etapa do processo e uma cultura onde todos estão envolvidos no processo de melhoria contínua. Taiichu Ohno disse certa vez:
“O que estamos fazendo é olhar desde o momento que o cliente faz o pedido até o momento que recebemos o pagamento. E nós estamos reduzindo este tempo eliminado os desperdícios e as atividades que não agregam valor” (Ohno, 1988).

A principal pergunta a ser feita em um sistema Lean é “No meu processo, o que agrega valor para o cliente (tanto interno como externo)?”. Isto define valor. Olhando com os olhos dos clientes você pode separar o que é e o que não é valor no seu processo, eliminando, portanto, os desperdícios.
Taiichi Ohno identificou 8 forma de desperdício que podem ser percebidas não somente nas linhas de produção, mas também na parte administrativa da empresa:

1) Excesso de produção: Produzir itens para os quais não aja pedidos (como fazia a Ford), estourando o inventário e tendo um custo excessivo com transporte de materiais;
2) Espera: Trabalhadores apenas assistindo a uma máquina que faz as tarefas automaticamente, esperar pela próxima etapa do processo, ferramentas ou suprimentos ou simplesmente por não ter trabalho;
3) Transportes desnecessários: Distâncias longas para transporte de materiais em processo, criar transportes ineficientes ou mover matérias-primas, componentes ou produtos acabados em este serem necessários;
4) Excesso de processos ou processos incoerentes: Ter tarefas desnecessárias para processar os componentes;
5) Excesso de Inventário: Excesso de matéria-prima, produtos acabados ou componentes, causando longos lead-times, obsolecência, defeitos etc.
6) Movimentos desnecessários: Movimentos desnecessários do empregado durante o curso do seu trabalho, procurando por ferramentas, componentes etc;
7) Defeitos: Produção de partes defeituosas, reparos, re-trabalhos, scrap, produtos remanufaturados e inspeções que desperdicem tempo e esforço;
8) Não utilização da criatividade dos funcionários: perca de tempo, idéias, habilidades, melhorias e aprendizados por não ouvir o seu funcionário.

Ohno considerou o excesso de produção como o principal desperdício, que gera todos os outros. Produzir mais do que o seu cliente necessita, necessariamente gerará excesso de inventário em algum ponto do processo e este material ficará lá, aguardando para ser processado.

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